terça-feira, fevereiro 19, 2013

Poesia em Música: Contra o Tempo



Corro contra o tempo prá te ver
Eu vivo louco por querer você
Oh! Oh! Oh! Oh!
Morro de saudade, a culpa é sua...
Bares, ruas, estradas, desertos, luas
Que atravesso em noites nuas
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me levam prá onde está você...
O vento que sopra  meu rosto cega
Só o seu calor me leva
Oh! Oh! Oh! Oh!
Numa estrela prá lembrança sua...
O que sou? Onde vou? Tudo em vão!
Tempo de silêncio e solidão...(2x)
O mundo gira sempre em seu sentido
Tem a cor do seu vestido azul
Oh! Oh! Oh! Oh!
Todo atalho finda em seu sorriso nú...
Na madrugada uma balada soul
Um som assim meio que rock in roll
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me serve prá lembrar você...
Qualquer canção que eu faça
Tem sua cara rima rica, jóia rara
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tempestade louca no Saara....
O que sou? Onde vou? Tudo em vão!
Tempo de silêncio e solidão...

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Crônica: Uma Insanidade Chamada Carnaval



Na insanidade generalizada que é o carnaval, tenho que parabenizar as pessoas sensatas que ficam em casa ou que se recolhem em seus retiros espirituais. Elas não sabem o quanto são felizes ficando com suas famílias, na tranquilidade de seu lar, bem longe das confusões, das brigas, da violência que campeia esse período de licenciosidade.

Mesmo após vinte de anos de carreira policial ainda consigo me surprender com tanto homicídio, estupros, assaltos, violência doméstica, menores de idade embriagados, caídos no chão literalmente, lares desfeitos, vidas destruídas. E tudo isso por conta dos festejos de carnaval, afinal de contas o que é que se comemora mesmo no carnaval?

Mas, Freire, é uma festa popular. Festa popular é uma ova, sabe quanto custa uma abadá de um bloco em Salvador? Sabe quanto custa um ingresso na Marquês de Sapucaí? Sabe quanto custa uma diária em um hotel próximo ao circuito barra-ondina? Sabe quanto custa uma diária de hotel, nesse período, em um hotel próximo ao marco-zero em Recife? Feliz é a cidade de São Paulo que é o túmulo do samba conforme sacramentou o poeta.

E a publicidade nesse período? Milhões de camisinhas são distribuídas pelo governo, no que eu concordo plenamente. Todavia, a mensagem que fica da publicidade é a da promiscuidade, desde que se use a tal camisinha. Traia a vontade, transe com quem quiser, mas use camisinha. A publicidade do governo faz até parecer que é legal ter aids. Basta tomar os remédios que o soropositivo vai ter uma vida normal. Normal? como uma pessoa condenada à morte vai ter uma vida normal? Por que o foco das campanhas publicitárias não pode ser a família, a fidelidade conjugal, o respeito ao próximo?

E o governo ainda patrocina uma festa dessa cujo saldo é só o aumento de homicídios, doenças, gravidez indesejada, abortos, esfacelamento familiar e mortes no trânsito. É a velha política do pão e circo para os alienados que estão desempregados, mas estão "comemorando" o carnaval; que estão endividados até o pescoço, mas estão pulando o carnaval; que estão ganhando um salário mínimo, mas estão comemorando...comemorando o que mesmo? a estupidez de suas vidas? a falta de oportunidades de trabalho? a falta de boas universidades para seus filhos?

Agora entendo porque até o papa renunciou em pleno carnaval.


Raimundo Freire

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