quarta-feira, setembro 21, 2016

Duas Almas, Mesmo Destino




O nascimento nos separou...
Os anos nos separaram...
A distância nos separou...
E assim ficamos por longos anos
Perdidos, vivendo por viver,
Sem entender o real significado da vida
Perambulando na multidão apressada.
Sentindo que algo nos faltava
Estávamos incompletos...
Nem idade, nem a distância, nem o tempo,
Poderiam evitar aquele encontro, ou melhor,
Aquele reencontro de almas afins
E naquela tarde ensolarada
O destino deu um jeito de nos encarar
E naquele sorriso, nos reconhecemos.
Meu coração me avisou aos pulos: é ela.
Naquele abraço nunca nos soltamos
Naquele beijo na chuva nos eternizamos
Fomos atropelados pela força do amor
Puro, verdadeiro, único, imortal.


Raimundo Salgado Freire Junior

quarta-feira, setembro 14, 2016

Teoria do Caos



Existe uma borboleta, um ser em transformação,
Cujo bater de asas provoca no peito furacão
Apenas um sopro na superfície abala o oceano profundo
Um simples beijo caótico pode modificar o mundo.

Uma pequena nuance, um olhar, um abraço teu,
Modifica meu dia triste, vou do tédio ao apogeu.
Um rabisco na areia se transforma em verso no papel
Faz do amor literatura clássica, da paixão literatura de cordel.

Meu senhor, minha gueixa, meu sonho, minha senhora,
Meu futuro, meu passado, meu presente, meu agora,
O caos não é fortuito, habita na aparente casualidade,
É a vida nos tangenciando pela lei de afinidade.

Fugazes anos se atropelaram da mocidade à maturidade
Mas continuas deliciosa e linda em plena flor da idade
Jovem, Balzaquiana ou loba insaciável,
É mãe, é caos, é vida, é amante, é amor é amável.


Raimundo Salgado Freire Junior 

terça-feira, agosto 30, 2016

Meu Primeiro Pensamento




Ao amanhecer sou abraçado por uma louca agonia.
O teu rosto na minha mente, na primeira luz do dia.
Você é meu primeiro pensamento, aquele que não atrasa.
Deliciosa lembrança que queima feito doida brasa.

Tenho sede de ti em mim, ando desnorteado, pensativo.
Do teu sorriso impiedoso, desarmado, me tornei cativo.
Até no que endoidecido escrevo para ti, sinto medo.
Que leiam nesses versos nosso romântico segredo.

Que vejam o amor que inspira e beija a minha letra
Que percebam que voa no meu peito uma borboleta
Que chora e sorri com uma saudade enlouquecida
Dos beijos, dos êxtases, que te dei na outra vida.


Raimundo Salgado Freire Junior

segunda-feira, julho 04, 2016

O Silêncio Ajuda Sempre



O silêncio ajuda sempre:
Quando ouvimos palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência nos procura.
Quando a ofensa nos golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica nos fere.
Quando escutamos a calúnia.
Quando a ignorância nos acusa.
Quando o orgulho nos humilha.
Quando a vaidade nos provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.



Meimei (Irma de Castro Rocha. 1922-1946)

quinta-feira, junho 30, 2016

O Poeta é Belo





O poeta é belo como o Taj-Mahal
feito de renda e mármore e serenidade
O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore
ao primeiro relâmpago da tempestade
O poeta é belo porque os seus farrapos
são do tecido da eternidade.

Mario Quintana

quinta-feira, abril 14, 2016

Poesia em Música: Esquecimento


Enquanto você para e espera
Eu ando, invado
Eu abro a porta e entro

Enquanto você cala quieta
Eu brigo, eu falo
Eu berro, eu enfrento

No canto dessa sala emperra
Eu ligo, acerto, eu erro
E eu tento

Enquanto você fala espera
Aflito eu fico e digo
Eu não entendo

Não sei por que você
Insiste em demorar
Eu quero que você
Diga já

Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou

No banco sem guitarra elétrica
Com violão escrevo esse lamento
Pois como molha a água a pedra
Meu canto encerra o seu esquecimento

Não sei por que você
Insiste em demorar
Eu quero que você
Diga já

Que seja no Japão
Jamaica ou Jalapão
No Jaraguá ou na Guiné
De charrete ou caminhão
De carro ou caminhando a pé
Eu vou


Samuel Rosa e Nando Reis

segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Sugestão de Leitura: O Anjo Caído - Daniel Silva



Acabei de ler, e recomendo, o excelente livro de ficção O Anjo Caído, de Daniel Silva, 272 páginas, publicado pela Editora Arqueiro em 2013. Primeiro lugar na lista do mais vendidos do "The New York Times".

Com o mesmo estilo de Dan Brown, Daniel nos conta uma das aventuras de Gabriel Allon um agente aposentado do serviço de inteligência de Israel (Mossad), trabalhando atualmente como restaurador de obras de arte no Vaticano.

O homicídio de Cláudia Andreati, conceituada curadora de arte do Vaticano, acontece em plena Basílica de São Pedro e o poderoso secretário pessoal do Papa Paulo VI, o monsenhor Luigi Donati, pede a Gabriel Allon que investigue o caso.

Gabriel descobre que a falecida tinha descoberto segredos perigosos envolvendo o comércio ilegal internacional de antiguidades e obras de arte, envolvendo gente poderosa do Banco do Vaticano e até o financiamento do Hezbollah, grupo terrorista islâmico, inimigo mortal de Israel, dos Judeus e do Cristianismo.

Eu sua busca Gabriel Allon nos leva pelos corredores do vaticano, pelas catacumbas de Jerusalém, pelas galerias de arte da Europa,  em uma autêntica saga de história da arte, com todos os ingredientes de um bom enredo policial: amantes, espiões, ladrões, dinheiro, paixões e muitos, muitos segredos...


Raimundo Salgado Freire Júnior

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Coração Selvagem



Meu bem
Guarde uma frase pra mim
Dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim
Sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja
No seu copo, no seu colo e nesse bar

Meu bem
O meu lugar
É onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa
Eu quero o que a alma deseja

Arco-íris, anjo rebelde
Eu quero corpo
Tenho pressa de viver



Mas, quando você me amar
Me abrace
E me beije bem devagar
Que é pra eu ter tempo
Tempo de me apaixonar
Tempo pra ouvir o radio no carro
Tempo para a turma do outro bairro
Ver e saber que eu te amo

Meu bem
O mundo inteiro 
Está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante
Depois do meu beijo quente
Sim, já é outra viagem
E o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver

Meu bem
Mas, quando a vida nos violentar
Pediremos ao Bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida
Vida pisa devagar
Meu coração, cuidado, é frágil
Meu coração é como um vidro
Como um beijo de novela

Meu bem
Talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, a minha fúria
E essa pressa de viver
Esse jeito de deixar
Sempre de lado uma certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples
Alegria de ser

Vem viver comigo
Vem correr perigo
Vem morrer comigo
Meu bem

Meu bem
Meu bem
Meu bem
Meu bem

Talvez eu morra jovem
Em alguma curva do caminho
Algum punhal de amor traído 
Completará o meu destino

Vem viver comigo
Vem correr perigo
Vem morrer comigo
Meu bem
Meu bem
Meu bem
Meu bem.


Belchior

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Não Há Quem Passe




Há quem passe por um jardim e só veja o esterco
Ha quem passe por uma floresta e só veja madeira
Há quem passe por uma praia e só veja deserto
Há quem passe por um poema e só veja palavras

Há quem passe por uma igreja e só veja fanáticos
Há quem passe pelo Natal e só veja presentes
Há quem passe por um homem e só veja um  bolso
Há quem passe por uma mulher e só veja uma bunda


Há quem passe por uma chuva e só veja os raios
Há quem passe por um dia de sol e só veja calor
Há quem passe por um mangue e só veja lama
Há quem passe por um livro e só veja a capa

Há quem passe por uma biblioteca e só veja mofo
Há quem passe pela liberdade e só veja solidão
Há quem passe pelo casamento e só veja uma prisão
Há quem passe pela dor e só veja desespero

Há quem passe pelo amor e só veja posse
Há quem passe pela distância e só veja saudade
Há quem passe pela amizade e só veja interesse
Há quem passe pelo sexo e só veja prazer

Há quem passe pelo sucesso e só veja a sorte
Há quem passe pela vida e só veja a morte!
Há quem passe pelos filhos e só veja despesa
Há quem passe pelo perdão e só veja fraqueza

Mas, não...

Há quem olhe  meus olhos e não veja teu sorriso
Há quem olhe você e não veja tudo que eu preciso.
Há quem passe pela minha alegria e não veja o porquê
Há quem passe pelo meu coração e não veja você!


Raimundo Salgado Freire Júnior

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Puro e Verdadeiro



Como ouro puro de brilho verdadeiro
Brilha o nosso amor no horizonte
Entre montanhas, serras e quilômetros que nos separam
Está escrita a dor da saudade que nos acorrenta
Uma odisseia que mais parece um filme
Com roteiro escrito a duas mãos
Com encontros perfeitos e despedidas dolorosas
Com abraços intermináveis e beijos inesquecíveis
Com sorrisos autênticos e lágrimas indisfarçáveis
E o que parecia quase nada, virou sempre tudo
E os olhares de carinho e de desejo insistiam em brotar
Como orvalho que beija as flores durante toda uma noite
Nossos beijos se consumiam até o amanhecer
E o tempo, esse carrasco dos amores impossíveis
Não conseguiu desfazer o laço eterno que nos uniu
E mesmo quando estás ao meu lado presente
Sinto saudades como se estivesse ausente
Um amor puro e verdadeiro, o último e o primeiro
Do resto de nossas vidas, um amor tão perfeito,
Feito sob medida, que só cabe em nós dois...


Raimundo Salgado Freire Júnior



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